Peneira para classificação Cevada
A cevada (Hordeum vulgare) é uma gramínea cerealífera e representa a quinta maior colheita e uma das principais fontes de alimento para pessoas e animais. A área cultivada no mundo chega a 530 000 km². O seu período de germinação é de um a três dias. Suas flores são dispostas em espigas, na extremidade do colmo, e os aquénios, amarelados e ovoides.
É uma cultura tipicamente de inverno que não tolera o alagamento, sendo resistente a seca quando comparada ao trigo, mas exigente em relação à fertilidade do solo.
A cevada fornece uma farinha alimentícia e o produto resultante da germinação artificial dos grãos (malte) é utilizado na fabricação da cerveja e de outros produtos. Os grãos torrados e moídos são usados na fabricação de uma bebida sem cafeína de aspecto semelhante ao do café. A cevada é ainda empregada em alimentação animal como forragem verde e na fabricação de ração.
No Brasil, a malteação é o principal uso econômico da cevada, já que o país produz apenas 30% da demanda da indústria cervejeira.
Agricultores apostam no plantio de cevada durante inverno gaúcho
O clima propício e a disponibilidade de terras fizeram com que o cultivo da cevada registrasse crescimento expressivo, nesta safra, nos Campos de Cima da Serra. Conforme a Ambev, que incentiva o plantio do cereal no Estado, a ampliação da área plantada na região deve chegar a 60%, totalizando 12 mil hectares em municípios como Vacaria, Esmeralda, Muitos Capões e Lagoa Vermelha. O índice ajudou a impulsionar o crescimento da cevada no Estado, que este ano deve ter uma área de 30% a 35% maior que a do ano passado.
“É uma região em que a tecnologia do produtor, somada ao clima propício, torna a situação ideal para cultivos de inverno”, afirma o especialista regional agronômico da Ambev, Caio Batista. Além disso, nos últimos três anos, apesar de instabilidades climáticas, a produtividade se manteve estável, com resultados acima da média das demais regiões. “Isso explica um pouco a preferência do produtor por seguir investindo na cultura”, acrescenta Batista.
O aumento da área plantada vai ao encontro da intenção da Ambev de reduzir a utilização de matéria-prima importada para a fabricação de cerveja. Na última safra, a produção de 160 mil toneladas supriu cerca de 60% da demanda da indústria no Estado. A ideia da Ambev é fazer com que este índice alcance 100% num período de três a cinco anos.
Segundo o agrônomo João Villa, assistente técnico em sistemas de produção vegetal da Emater Regional de Caxias do Sul, a região dos Campos de Cima da Serra conta com o melhor clima do Estado para a produção de cevada, já que é menos propícia a doenças fúngicas. “O plantio ocorre mais tarde para fugir da geada, e geralmente o florescimento vem após o período mais chuvoso (setembro e início de outubro)”, explica o agrônomo, que acredita que há possibilidade de o cultivo seguir em crescimento na região.
Saiba mais sobre a legislação MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DA PADRONIZAÇÃO
Art. 1º -A cevada será classificada em grupos e tipos, segundo a finalidade e a qualidade.
DAS CLASSES
Art. 2º - Segundo o fim a que se destina a cevada será ordenada em duas classes:
1. apropriada para malteação ou cervejeira;
2. imprópria para malteação ou forrageira.
DOS TIPOS
Art. 3º A cevada apropriada para malteação ou cervejeira, segundo a sua qualidade será classificada em três tipos:
Tipo 1. constituído de grãos perfeitamente maduros, coloração amarelo-claro, aspecto e odor característicos, com poder germinativo igual ou superior a 96% (noventa e seis por cento), que fiquem retidos em peneiras de 2,5mm (dois milímetros e meio), no mínimo 80% (oitenta por cento).
Tolerância Máxima
13,5% de umidade,
3% de impurezas e/ou matérias estranhas,
0,5% de cevada negra,
1,00% de grãos avariados
6% de grãos que vazarem nas peneiras de 2,2mm de diâmetro.
Tipo 2. constituído de grãos sãos, maduros, coloração amarelo-claro, aspecto e odor característicos, com poder germinativo igual ou superior a 94% (noventa e quatro por cento), que fiquem retidos em peneiras de 2,5 mm (dois milímetros e meio) no mínimo 70% (setenta por cento).
Tolerância Máxima
13,5% de umidade,
4,00% de impurezas e/ou matérias estranhas,
1,00% de cevada negra, 2% de grãos avariados,
8% de grãos que vazarem em peneira de 2,2mm de diâmetro.
Tipo 3. constituído de grãos sãos, maduros, coloração amarela clara aspecto e odor característicos, com poder germinativo mínimo de 92% (noventa e dois por cento) que fiquem retidos em peneiras de 2,5 mm (dois milímetros e meio) no mínimo
50% (cinquenta por cento).
Tolerância Máxima
13,5% de umidade,
5% de impurezas e/ou matérias estranhas,
2% de cevada negra,
3% de grãos avariados
12% de grãos que vazarem em peneira de 2,2mm de diâmetro.
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