Segundo caso de febre do Nilo confirmada no país pelo ministério da saúde
O Ministério da Saúde confirmou o segundo caso registrado no país de doença neurológica pelo vírus da febre do Nilo Ocidental, tipo de arbovirose ainda pouco conhecida no Brasil.
Assim como a dengue e a zika, o vírus da febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo).
O caso é de uma jovem que mora na zona rural de Picos, no interior do Piauí, e que sofreu um quadro de paralisia muscular flácida aguda em junho de 2017.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os exames foram coletados na época, mas o Ministério liberou os resultados apenas no início deste ano.
Os exames apontaram a presença de anticorpos contra o vírus no sangue da paciente. Em nota, a pasta atribui a demora à necessidade de laudos conclusivos.
Atualmente, não existe tratamento específico para a febre do Nilo. Nos casos leves, é indicado repouso. Já nas formas graves, o paciente deve ser atendido em UTI em observação para suporte e controle de infecções secundárias.
Transmitida pela picada de mosquitos infectados com o vírus a partir de aves migratórias infectadas, a febre do Nilo não “passa” pelo contato com outras pessoas ou animais.
O vírus é transmitido por mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. Para isso, no entanto, é preciso o contato dele com uma ave infectada -diferente do Aedes aegypti, por exemplo, que pode picar um doente e passar a carregar o vírus. “No elo da transmissão, tem que ter uma ave selvagem”, diz.
O que é a febre do Nilo ocidental? O vírus da Febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo), mas também pelo Aedes aegypti.
Estima-se que 20% dos indivíduos infectados pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental desenvolvam sintomas, na maioria das vezes leves. A forma leve da doença caracteriza-se pelos seguintes sinais:
– Febre aguda de início abrupto, frequentemente com mal-estar – Anorexia – Náusea – Vômito – Dor nos olhos – Dor de cabeça – Dor muscular – Exantema máculo-papular e linfoadenopatia
Um em cada 150 indivíduos infectados desenvolve doença neurológica severa, como meningite. as formas mais graves atingem especialmente pessoas acima de 150 anos. A encefalite é o quadro mais comum entre as manifestações cerebrais.
Em menos de 1% das pessoas infectadas o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro.
A síndrome de Guillain Barré também pode se apresentar, assim como em outros tipos de infecção.
Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. O tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas.
Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares.
Fonte: Ministério da Saúde
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